Princípios Estruturantes

Gestão democrática

A Casa Viva é uma escola que nasce de um movimento idealizado e organizado por um coletivo de professores em favor de uma educação transformadora.

A forma de Associação sem fins lucrativos foi a alternativa que melhor acomodou nossos anseios.

Em uma Associação sem fins lucrativos todo o lucro ou superávit deve ser reinvestido para o bem de todos, no próprio projeto, de acordo com as normas do seu estatuto.

A Casa Viva inscreve-se num movimento que está presente em vários países e recebe denominações diferenciadas: escolas alternativas, românticas, libertárias progressistas. O ponto em comum entre todas essas experiências passa pelo modelo de governança (gestão educacional) voltado para uma experiência autogestora, coletiva e horizontal.

Nascida de um coletivo de professores que se uniram na busca de um espaço educativo convergente com as perspectivas educacionais do grupo, a Casa Viva acredita que a escola pode e deve ser um espaço que contemple duas frentes que ensejem a experiência democrática: uma estrutura de funcionamento e de gestão de processos, ambas compostas por várias instâncias de decisão.

O princípio de que ninguém deve estar só é o número um desse projeto, por isso a coletivização das tomadas de decisão em todos os seus processos, sejam pedagógicos, administrativos ou financeiros, é um de seus pilares mais importantes.

Arte e Cultura

Na Casa Viva, diversas disciplinas trazem as Artes para o seu planejamento, pois existe sempre um convite a apreciar o mundo. Isso acontece não somente nas disciplinas de Arte, mas também em outras áreas do conhecimento. Aos alunos são apresentados universos da ordem estética, ou seja, são encaminhados a entrar no mundo da subjetividade em que possam revelar novas formas de agir e sentir.

Escola e Cidade

Estar na escola é, antes de mais nada, estar na cidade. Perceber esses espaços como complementares é primordial para se compreender que somos seres interativos e em construção.

Onde se encontra exatamente uma escola?
Por Guto Borges

Num espaço definido, é certo. Um endereço, um número, um quadrante no bairro. Mas estamos também conectados a uma imensa trama de relações que podemos chamar, na falta de outra palavra, de cidade. Nesse sentido, podemos perguntar de outra forma: até onde vai uma escola? Para além dos números, quadrantes, muros e todo tipo de inscrição formal, também é certo.

Em uma passagem do seu celebrado Direito à Cidade, Henri Lefebvre, em meio às convulsões de 1968 em Paris pareceu entender aquele momento como um exemplo da “arte de viver a cidade como obra de arte”. E isso significava justamente entender a vida na cidade como uma práxis, ou ainda a arte de apropriar-se dela.

Para ler a matéria completa escrita por nosso professor Guto Borges, clique aqui >>

Inclusão

“Educar significa introduzir a cunha da diferença em um mundo que sem ela se limitaria a reproduzir o igual e o idêntico, um mundo parado, um mundo morto”

Tomaz Tadeu da Silva

A Casa Viva se reconhece, para fins de identificação imediata, como uma escola que se pretende inclusiva. Entretanto, a nossa relação com a deficiência esforça-se por sair da classificação binária: neurotípicos e deficientes. Concebemos que a escola (seja ela qual for) é uma instituição para todas as pessoas. Isso implica em assumir em seu bojo, toda a riqueza da diversidade humana. Implica em pensar numa gestão dos processos educacionais que integre os envolvidos, que promova trocas, que atribua sentido não apenas ao componente curricular em estudo, mas a todas as relações envolvidas na sua busca. Ou seja, as diferenças estarão naturalmente postas, seja em relação a questões étnicas, religiosas, de gênero, seja em relação às diferenças decorrentes da chamada deficiência.

Para que a diferença opere o currículo e que não seja anulada por ele (ainda na esteira do pensamento do curriculista Tomaz Tadeu da Silva), a Casa Viva avalia cuidadosamente seus processos. A começar pelos critérios de enturmação, que passa pela análise da potência do encontro do indivíduo com o grupo, e vice-versa, e não pela excludente busca pela homogeneidade. Admitimos que o confronto de ideias, de performances, de linguagens, na medida da potência, se revertem em crescimento coletivo. Outro ponto é a concepção de um currículo como devir, que será agenciado para o sentido, para o conhecimento, para a troca, onde todos operam, e a inteligência coletiva se institui.

A relação com o conhecimento e a aprendizagem significativa

A Casa Viva assume a perspectiva da aprendizagem significativa.
Aprender significativamente requer incorporar aquilo que é aprendido numa rede de relações que cada um constitui no seu processo de desenvolvimento. Na verdade, a expressão “construção do conhecimento” refere-se exatamente à possibilidade que o aluno tem de, aos poucos, ampliar sua rede de significados, de tal forma que sua aprendizagem a respeito de um determinado assunto seja cada vez mais compreensiva e, portanto, mais próxima daquela prescrita para a sua faixa etária.

Conheça mais sobre o nosso currículo

Referenciais teóricos

A fundamentação teórica que orienta nossa proposta pedagógica é multirreferencial. Entre os muitos autores e obras que nos servem de fonte inspiradora para o projeto pedagógico, citamos: a Psicologia do desenvolvimento de Vigotsky, a Teoria do conhecimento de Maturana, a Pedagogia de autonomia de Paulo Freire, a Teoria da inteligência coletiva cunhada por Pierre Levy, a Teoria da complexidade de Edgar Morin, a proposta de Projetos de trabalho de Hernandez.

Assim, como a própria escola, nos reconhecemos em constante crescimento e mutação, mas sempre guiados pela certeza de que teoria e prática se tecem numa realidade sempre diversa e transformadora, na qual a construção do conhecimento é um empreendimento coletivo em que ninguém deve estar só. Somos seres dialógicos, capazes do exercício da palavra e, ao mesmo tempo, dos sentimentos de confiança, humildade e respeito em relação a si mesmo e ao outro, potencializando a possibilidade do fazer, do criar e do transformar, por meio do trabalho, da diversidade e da ação reflexiva, alcançando novas dimensões do saber.

Links:

– Para conhecer mais sobre o Paulo Freire e suas obras:
https://www.paulofreire.org/paulo-freire-patrono-da-educacao-brasileira

– Para conhecer um pouco mais sobre Pierre Levy:
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/concursos/pierre-levy-a-inteligencia-coletiva-e-os-espacos-do-saber/56040

https://youtu.be/bhkrB8WntNA

Avaliação

A avaliação do processo de ensino aprendizagem desenvolvido na Casa Viva é contínua, abrangente e compartilhada, numa permanente ação diagnóstica. Portanto, no dia a dia da sala de aula, ensinar aprender-avaliar se entrelaçam numa perspectiva absolutamente interdependente.

Os instrumentos avaliativos na Casa Viva assumem uma perspectiva formativa, utilizando-se de diversos dispositivos para aferição de aprendizagem e com formas mistas de comunicação de resultados.

Mas tem prova na Casa Viva?

Enxergamos a prova individual formal como um dos meios possíveis de verificação de determinado tipo de conhecimento. A ela se somam outros meios avaliativos tais como seminários, debates, observações, visitas a outros espaços, resenhas, a fim de aferir a real aproximação com o objeto de conhecimento. Ou seja, avaliação é um meio, e não um fim em si mesma.

E tem nota? Não. A comunicação dos resultados na Casa Viva se dá por meio de dois dispositivos: a atribuição de um conceito e uma avaliação descritiva. O conceito é composto pelas dimensões: cognitivas, atitudinais, procedimentais e autoavaliação.

Tutorias

No ensino fundamental II e médio são variadas as disciplinas e professores. A Casa Viva propõe que os alunos elejam um professor como o tutor da turma. Esse tutor é o educador que auxilia a turma em pequenas ou grandes dificuldades ao longo do convívio e aprendizado letivo. Ele é também o interlocutor da turma com o grupo gestor da escola.

Organização das turmas – Fases

Reconhecendo que as aprendizagens se processam segundo a etapa do desenvolvimento biológico, emocional e cognitivo dos alunos, a Casa Viva dividiu a organização dos tempos escolares em seis fases. A educação Infantil constitui a etapa inicial da Educação Básica, em um processo que se inicia na fase 1 (Educação Infantil) e termina na fase 6 (Ensino Médio).

Fase 1

Anos iniciais da Educação Infantil. Com duração de 2 anos, compreende os alunos na faixa etária de 2 e 3 anos.

Fase 2

Anos finais da Educação infantil. Com duração de 2 anos, compreende os alunos na faixa etária de 4 e 5 anos.

Fase 3

Anos iniciais do Fundamental 1 (1º, 2º e 3º anos). Com duração de 3 anos, compreende alunos na faixa etária de 6, 7 e 8 anos.

Fase 4

Anos finais do Fundamental 1 (4º e 5º anos). Com duração de 2 anos, compreende alunos na faixa etária de 9 e 10 anos.

Fase 5

Anos do Fundamental 2 (6º, 7º, 8º e 9º anos). Com duração de 4 anos, compreende alunos na faixa etária 11 a 14 anos.

Fase 6

Ensino Médio (1º, 2º e 3º anos) Com duração de 3 anos compreende alunos na faixa etária de 15 a 17 anos.
2 e 3 anos
4 e 5 anos
6, 7 e 8 anos
9 e 10 anos
11, 12, 13 e 14 anos
15, 16 e 17 amos

Conheça mais sobre cada segmento


Educação Infantil

Ensino Fundamental 1

Ensino Fundamental 2

Ensino Médio

Turnos e Horários

A Educação Infantil – Fases 1 e 2
Turno da tarde
Horário de entrada: 13:30h
Horário de saída: 18:00h

Ensino Fundamental 1 – Fases 3 e 4
Turno da tarde
Horário de entrada: 13:30h
Horário de saída: 18:30h

Ensino Fundamental 2 – Fase 5
Turno da manhã
Horário de entrada: 8:00h
Horário de saída: 12:40h

Ensino Médio – Fase 6 *
Turno da manhã
Horário de entrada: 8:00h
Horário de saída: 12:40h

Terças e quintas-feiras esse segmento também tem aulas no turno da tarde no horário de 13:40 às 17:10h

Entre em contato ou agende uma visita.


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